Orgasmos múltiplos, como o próprio nome indica, é quando a mulher goza mais de uma vez na sequência. O intervalo entre um orgasmo e outro varia em cada mulher e pode demorar segundos ou minutos.

“Qualquer mulher tem capacidade de atingir o orgasmo múltiplo, basta que ela continue sendo estimulada e que sinta vontade de dar continuidade”, revela a sexóloga e psicóloga Carla Cecarello. “O problema é que algumas mulheres têm dificuldade de atingir até o primeiro orgasmo, que dirá os seguintes”, completa.

Não existe fórmula mágica para chegar lá. A posição mais propícia é aquela que a mulher gosta mais, em que sente mais prazer. Se ela teve um orgasmo e continuou sendo estimulada, já é meio caminho andando, pois o corpo está bem excitado e aquecido e não requer mais tanto trabalho. Um fator muito importante é a disposição da própria mulher de dar continuidade aos estímulos, uma vez que a relação pode ter sido cansativa e desgastante.

Para aprender como chegar aos orgasmos múltiplos, a psicóloga e sexóloga explica que a mulher precisa conhecer bem o seu corpo. “A masturbação ajuda muito neste processo, pois vai permitir que a mulher descubra os tipos de movimento, a intensidade e as maneiras que mais gosta de ser estimulada”, recomenda.

No entanto, é importante lembrar que os orgasmos múltiplos não são, necessariamente, mais prazerosos do que um único orgasmo e nem sinônimo de que a mulher seja melhor na cama. “Ela tem que se preocupar em ter um orgasmo e que seja muito prazeroso, até porque os orgasmos seguintes normalmente vêm mais enfraquecidos, pois ela já dispensou muita energia”, explica.

A especialista diz que é comum atingir picos de prazer durante a relação, mas que há uma grande diferença entre estes e os orgasmos. “A mulher que está em dúvida se já teve ou não um orgasmo, provavelmente não teve”, comenta.

A condição em que a mulher tem dificuldade em gozar é chamada de “anorgasmia” e pode ser dividida em três classificações:

Primária: a mulher nunca teve um orgasmo desde que iniciou sua vida sexual;

Secundária: a mulher já teve um orgasmo, mas, por algum acontecimento na sua vida, parou de ter;

Situacional: a mulher só consegue gozar em situações específicas, por exemplo, durante a masturbação ou em uma única posição sexual.

Segundo a especialista, este impedimento não está relacionado a condições físicas, ao contrário do que as pessoas pensam. “O orgasmo é uma questão totalmente psicológica. É entrega, é o momento em que perdemos a consciência em questão de segundos”, define a profissional, que prossegue dizendo que tanto a mulher quanto o homem podem sofrer com este bloqueio emocional, muitas vezes por não conseguirem relaxar e se soltar.

Independente da resposta sexual, o que não é recomendado é a simulação do orgasmo. Essa prática em longo prazo trará desconforto emocional, além de atrapalhar o relacionamento, pois o diálogo com o parceiro sobre o que te satisfaz sexualmente, ou então, o que a impede de alcançar o orgasmo, é fundamental para uma vida sexual plena. Não espere que ele adivinhe tudo. É preciso dar dicas de como sente maior prazer.

Fonte: Bolsa de Mulher