"A parcela de jovens que não usa preservativo pode não ter acesso aos serviços de saúde ou não consegue negociar o uso da camisinha com o parceiro", esclarece Nara Vieira, assessora técnica do Ministério da Saúde do Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais. "É preciso dar continuidade às políticas públicas voltadas para este grupo, a fim de favorecer o acesso ao preservativo e promover o seu uso", acrescenta.
Entre a população maior de 50 anos, o número de pessoas que fazem uso de preservativo em relações casuais é de 37,9%. Quando a relação é fixa, este número cai para 10%. E ainda de acordo com a pesquisa, os homens usam mais camisinha dos que as mulheres. "O preservativo feminino é menos utilizado do que o masculino. E por conta do machismo, as mulheres têm mais dificuldade na hora de negociar o uso da camisinha com o parceiro. Tivemos sim uma evolução da mulher na sociedade, ela passou a se preocupar mais com o corpo, mas a mudança com relação à proteção está relacionada à atitude. Dá trabalho, é algo histórico", comenta Nara Vieira.
Das 630 mil pessoas que têm o vírus HIV no país, 255 mil ainda não sabem que foram infectadas. "Isso não se deve à falta de cuidado com o corpo, mas sim de informação e de acesso ao diagnóstico. É necessário promover ações que conscientizem a população sobre a importância de se fazer os exames", diz Nara.
Fonte: Terra
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