Getty Images - Fonte: Terra
Os usuários na rede estão ainda mais assíduos e o mundo virtual fica mais atraente a cada dia. Em ambientes de trabalho os funcionários se comunicam por mensagens instantâneas, pessoas de todo o mundo jogam videogame juntas, parentes que não se vêem há anos retomam contato via email, amigos de colégio marcam encontros em grupos de discussão e, claro, casais se formam a partir do contato online - mas outros casais se separam também, por causa das chamadas "traições virtuais".
A facilidade que um indivíduo tem de encontrar alguém e engatar um relacionamento pode ser bastante prejudicial para um namoro ou um casamento. Das inúmeras possibilidades que a Internet oferece, entre salas de bate-papo, Orkut, MSN, email, uma delas é a chance de você ser quem quiser, falar o que desejar, incorporar um personagem e ter uma vida paralela. Prova disso é o fenômeno Second Life ("segunda vida", em tradução livre para o Português), no qual é possível criar um boneco e circular por diversos cenários (alguns imitando lugares reais) conhecendo pessoas, conversando com elas e até mesmo gastando dinheiro com casa, mobília, ações e eventos patrocinados. "O anonimato e a interatividade é a grande parceria do mundo digital", explica Thiago de Almeida, psicólogo especialista em relacionamentos amorosos e pesquisador da Universidade de São Paulo.
No entanto, não é possível chamar a Internet de "destruidora de lares" ou acusá-la de ser o motivo de um relacionamento fracassado. "Muitos pesquisadores concordam que a Internet não pode ser responsabilizada pela separação dos casais. Estas uniões certamente já não caminhavam bem e ela foi apenas um meio que facilitou a rápida comunicação entre as pessoas", ressalta Almeida. "Estes indivíduos normalmente já estavam procurando experiências em outros locais, com ou sem sucesso."
Conversas inocentes
Às vezes, a pessoa não procura um novo parceiro, apenas alguém para conversar, um amigo. "Para muitas pessoas, o mundo virtual é a porta de entrada para um mundo de oportunidades e possibilidades, onde há tanto a possibilidade para se fazer amigos, de localizar pessoas, de arranjar um encontro para ir ao cinema, ou até mesmo para encontrar parceiros para sexo casual", enumera o psicólogo. O perigo está na intimidade que se adquire com a pessoa do outro lado do computador, mesmo sem a presença física dela.
Perigos e estímulos
O especialista em relacionamentos amorosos explica que as pessoas têm inclinação a evitar contatos que possam causar futuras frustrações e tendem, então, a idealizar o "outro". Dessa forma, depositam essas expectativas no interlocutor do bate-papo virtual que pode, afinal de contas, ser qualquer um que se desejar. "Partilhar experiências e fantasias sexuais no espaço virtual pode ser mais excitante e provocar uma sensação de intimidade maior do que ter uma relação sexual em casa com os nossos parceiros do cotidiano", comenta.
É comum também, no Brasil, usuários do site de relacionamentos Orkut cometerem o chamado "orkuticídio", ou seja, apagarem seus perfis da rede a pedidos do parceiro. É o caso de centenas de internautas, entre eles Tatiana*, 25 anos. A garota mal começou a namorar e logo seus amigos perceberam que o seu perfil não existia mais. "Quando me perguntam a razão de eu ter feito isso, respondo que queria evitar conflitos, apesar de pouco usar o serviço do Orkut", argumenta. Ela é uma dentre muitas pessoas que acreditam que a Internet acaba com a privacidade do casal, como Regina*, 24 anos. "As pessoas tinham preconceito por eu namorar alguém de raça diferente da minha, e até mesmo meus parentes começaram a deixar recados ofensivos na minha página. Tive que apagar tudo e me desligar da rede", conta.
Mas ao mesmo tempo em que o mundo digital pode apresentar-se como ameaça a relacionamentos, ele também aproxima as pessoas. Especialmente pessoas tímidas, que conseguem uma via para expressar seus pensamentos e terem conversas agradáveis, já que podem se expor sem de fato se identificar. Maurício*, 21 anos, gostou da experiência de namorar alguém que conheceu pela web. "No começo rolou uma timidez, mas depois relaxamos", relata. "Foi a primeira vez que namorei alguém que conheci primeiro na net, ficamos seis meses juntos. Valeu a experiência", alegra-se.
Os usuários na rede estão ainda mais assíduos e o mundo virtual fica mais atraente a cada dia. Em ambientes de trabalho os funcionários se comunicam por mensagens instantâneas, pessoas de todo o mundo jogam videogame juntas, parentes que não se vêem há anos retomam contato via email, amigos de colégio marcam encontros em grupos de discussão e, claro, casais se formam a partir do contato online - mas outros casais se separam também, por causa das chamadas "traições virtuais".
A facilidade que um indivíduo tem de encontrar alguém e engatar um relacionamento pode ser bastante prejudicial para um namoro ou um casamento. Das inúmeras possibilidades que a Internet oferece, entre salas de bate-papo, Orkut, MSN, email, uma delas é a chance de você ser quem quiser, falar o que desejar, incorporar um personagem e ter uma vida paralela. Prova disso é o fenômeno Second Life ("segunda vida", em tradução livre para o Português), no qual é possível criar um boneco e circular por diversos cenários (alguns imitando lugares reais) conhecendo pessoas, conversando com elas e até mesmo gastando dinheiro com casa, mobília, ações e eventos patrocinados. "O anonimato e a interatividade é a grande parceria do mundo digital", explica Thiago de Almeida, psicólogo especialista em relacionamentos amorosos e pesquisador da Universidade de São Paulo.
No entanto, não é possível chamar a Internet de "destruidora de lares" ou acusá-la de ser o motivo de um relacionamento fracassado. "Muitos pesquisadores concordam que a Internet não pode ser responsabilizada pela separação dos casais. Estas uniões certamente já não caminhavam bem e ela foi apenas um meio que facilitou a rápida comunicação entre as pessoas", ressalta Almeida. "Estes indivíduos normalmente já estavam procurando experiências em outros locais, com ou sem sucesso."
Conversas inocentes
Às vezes, a pessoa não procura um novo parceiro, apenas alguém para conversar, um amigo. "Para muitas pessoas, o mundo virtual é a porta de entrada para um mundo de oportunidades e possibilidades, onde há tanto a possibilidade para se fazer amigos, de localizar pessoas, de arranjar um encontro para ir ao cinema, ou até mesmo para encontrar parceiros para sexo casual", enumera o psicólogo. O perigo está na intimidade que se adquire com a pessoa do outro lado do computador, mesmo sem a presença física dela.
Perigos e estímulos
O especialista em relacionamentos amorosos explica que as pessoas têm inclinação a evitar contatos que possam causar futuras frustrações e tendem, então, a idealizar o "outro". Dessa forma, depositam essas expectativas no interlocutor do bate-papo virtual que pode, afinal de contas, ser qualquer um que se desejar. "Partilhar experiências e fantasias sexuais no espaço virtual pode ser mais excitante e provocar uma sensação de intimidade maior do que ter uma relação sexual em casa com os nossos parceiros do cotidiano", comenta.
É comum também, no Brasil, usuários do site de relacionamentos Orkut cometerem o chamado "orkuticídio", ou seja, apagarem seus perfis da rede a pedidos do parceiro. É o caso de centenas de internautas, entre eles Tatiana*, 25 anos. A garota mal começou a namorar e logo seus amigos perceberam que o seu perfil não existia mais. "Quando me perguntam a razão de eu ter feito isso, respondo que queria evitar conflitos, apesar de pouco usar o serviço do Orkut", argumenta. Ela é uma dentre muitas pessoas que acreditam que a Internet acaba com a privacidade do casal, como Regina*, 24 anos. "As pessoas tinham preconceito por eu namorar alguém de raça diferente da minha, e até mesmo meus parentes começaram a deixar recados ofensivos na minha página. Tive que apagar tudo e me desligar da rede", conta.
Mas ao mesmo tempo em que o mundo digital pode apresentar-se como ameaça a relacionamentos, ele também aproxima as pessoas. Especialmente pessoas tímidas, que conseguem uma via para expressar seus pensamentos e terem conversas agradáveis, já que podem se expor sem de fato se identificar. Maurício*, 21 anos, gostou da experiência de namorar alguém que conheceu pela web. "No começo rolou uma timidez, mas depois relaxamos", relata. "Foi a primeira vez que namorei alguém que conheci primeiro na net, ficamos seis meses juntos. Valeu a experiência", alegra-se.
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