quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Os segredos e a sensualidade das gueixas





Uma mulher que nasceu para fazer todas as vontades e desejos de um homem…Bonita, cheirosa, alegre…sabe cantar, dançar e conversar sobre todos os assuntos…

Você deve estar se perguntando: é uma lista de desejos? Não…esta é a descrição de uma gueixa. Gueixas são mulheres japonesas que estudam a tradição milenar da arte da sedução, dança e canto. No mundo todo, elas despertam atração com sua delicadeza e se transformam, muitas vezes, em fantasia sexual entre homens e mulheres.

A imagem dessas mulheres, maquiadas de branco e vestidas em belos quimonos, sempre fascinou o Ocidente. Mas essa visão cheia de glamour não ajuda a revelar quem realmente são e o que fazem as gueixas. Fora do Japão é comum que elas sejam vistas como prostitutas de luxo, uma visão equivocada que explica o preconceito e o romantismo que cercam essas mulheres.



As Gueixas não têm nenhuma relação com a prostituição. Porém, a palavra “geisha girl” tem, e foi usada durante a ocupação americana no Japão, denegrindo a imagem delas… As gueixas entretêm por meio da cultura e das tradições, não pelo sexo. Mas como sempre tem algumas pessoas que prejudicam as demais, durante a Segunda Guerra Mundial, algumas gueixas se tornaram prostitutas, o que prejudicou a imagem delas, deturpando o conceito.

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, um cliente que paga pelos serviços de uma gueixa muitas vezes não recebe sexo em troca. E quando isso acontece, é uma decisão que cabe quase sempre à própria gueixa.

Ou seja: quem decide é a mulher!



Mas não vá pensando que ser gueixa é só vestir um quimonos! Para se tornar mestras em fazer o entreterimento dos marmanjos, as maikos (aprendizes) precisam muito mais do que dotes artísticos e um rosto sem espinhas. Afinal, essas mulheres são treinadas para amansar os egos dos homens mais poderosos do Japão, sejam eles políticos graduados, empresários ou dos temidos yakuzas (mafiosos). Todos milionários que não se importam em torrar fortunas, para serem inebriados sem suas próprias fantasias.

Além de toda a formação intelectual, elas tinham de ter uma aparência impecável, se vestir cheia de adornos, saber se maquiar e estar sempre alegres e com postura delicada. Pior que top-model, heim…



Mas esse universo, que ainda hoje é cercado de mistério, pode estar em extinção.
No início do século, havia cerca de 80 mil gueixas no Japão. Apesar de tradicional, o universo que habitam sempre foi contestado na sociedade japonesa, principalmente pelas esposas dos clientes das casas de chá. No Japão moderno, com a gradativa liberação da mulher, a oposição ganhou força e o número de gueixas não chega a mil atualmente.

Agora, as esposas nipônicas sentem-se mais confortáveis ao manifestar seu repúdio a idéia de ver seus maridos gastando fortunas divertindo-se ao lado de gueixas….

Mesmo com a mulherada japonesa colocando ordem na casa, os homens japoneses dão às gueixas o seu devido valor, enxergando-as como divindades vivas.

Para eles, as gueixas continuam sendo o ideal de mulher perfeita: bela, servil e sempre disposta a agradá-los. Alheias a isso, as gueixas, anônimas, camufladas pela maquiagem branca e enfiadas em seus quimonos, perseguem o sonho de preservar sua arte e uma das mais belas peculiaridades das mulheres: a feminilidade e a sensualidade
 Bjos.... Lu

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