quinta-feira, 17 de março de 2011

Papai e mamãe não fazem mais papai e mamãe...






A revista Veja me surpreendeu e me esclareceu com uma matéria falando sobre a exigência atual da equiparação entre pai e mãe na capacidade de suprir as necessidades físicas e afetivas dos filhos. Tentarei resumir os principais pontos.
Os homens estão sendo submetidos a duas forças opostas. De um lado, a pressão das mulheres para que exerçam a paternidade de uma maneira inédita, em que várias das tarefas maternas lhes são confiadas. De outro, a limitação de ordem natural, que faz com que eles não se sintam totalmente à vontade nas novas funções, por motivos biológicos

Experiências de laboratório mostram que os níveis de testosterona no organismo caem quando o homem segura uma boneca nos braços, ou quando o marmanjo embala um bebê de verdade. O hormônio masculino é aquele que proporcionava aos machos, nos tempos das cavernas, o ímpeto de caçar, acasalar-se – e dar uma bordoada na cabeça do inimigo.

Um estudo indica que os níveis do hormônio em homens casados são, em média, mais baixos do que em solteiros. E, entre os casados que passam todo o tempo livre com a mulher e os filhos, sem dar chance à cerveja com os amigos, a quantidade é ainda menor.

Bem, todo esse papo aí me inspirou várias explicações para os problemas enfrentados no casamento. Por exemplo, o fato de o sexo diminuir tanto no casamento. Hoje, como os homens estão mais próximos dos filhos, até pela exigência das mulheres e da vida atual, os hormônios estão indo para o espaço, e eles não estão mais querendo tanto sexo, como mostra outro artigo da Veja. Mas os hormônios das mulheres, não. Claro que não é desculpa para o aumento do número de traições femininas, mas uma parte do casamento vem sendo deixada de lado. A do romance. E isso sempre é culpa dos dois.

"Ao contrário do que muita gente pensa, o número de mulheres que reclamam da escassez de sexo é praticamente igual ao de homens."

Concluo que faz parte mesmo o homem ter seus amigos e seus programas masculinos. Aliás, isso aprendi depois de ter sido uma chata de galochas no meu primeiro casamento. E sempre digo aqui que a mulher também deve ter sua vida social independente do marido. E isso não se resume a chás de fralda ou passeios no shopping... Mas parece que homens e mulheres estão deixando de lado a vida a dois para viverem uma vida em família, onde tudo é de todos e para todos.



Eu errei muito nesse ponto. Sempre. Fui muito mais mãe do que qualquer outra coisa durante 8 anos. Esqueci meu lado fêmea. Meu parceiro, por sua vez, deixou-se envolver em uma atmosfera de ternura a três comigo e com nossa filha que matou todo o tesão. E hoje estamos afastados, eu envolvida com outro homem e desabafando num blog anônimo, ele tendo uma vida da qual não sei nada praticamente.

"As mulheres que sentem falta de mais sexo traem o marido? Sim. No começo da privação sexual, elas se sentem magoadas com o parceiro. Depois, passam a sentir raiva. Por causa dessa reação, o homem fica ainda mais distante dela. (...) Muitas mulheres acabam tendo um caso porque acreditam que esse é o único caminho para se sentirem desejadas e felizes."

É bem assim, mesmo. O grande problema é que nós, mulheres, achamos que homem tem que ter bola de cristal. Ou que, se temos que ensinar-lhes o caminho das pedras, não tem mais graça, já que outros homens já o sabem de cor. Talvez para eu ser feliz tenha que mudar o rumo da minha prosa, como dizem os matutos. Talvez tenha que dar uns passos para trás. Aprender com meus erros. Ou avançar rumo ao desconhecido?

Matérias na íntegra em Veja.com 

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