Como equilibrar esta relação
Para ser amada, é preciso ser vista e admirada. O psiquiatra e psicoterapeuta EDUARDO FERREIRA-SANTOS, autor de vários livros sobre relacionamento, indica as melhores estratégias de sedução para virar o jogo amoroso
Num, mundo ideal, a vida a dois deveria transcorrer como um bailado, em que os parceiros atuam de forma sincronizada. Na realidade, muitas vezes ela se torna uma disputa para ver quem é mais amado.
A dificuldade para expressar sentimentos, muito mais comum no homem do que na mulher, costuma gerar nela uma grande dose de vulnerabilidade, que, aliada a inseguranças pessoais, cria um constante questionamento sobre o amor que o parceiro sente por ela. E não é raro a mulher se sentir preterida em relação aos amigos e parentes do companheiro, principalmente a mãe dele. (Sogra é sempre sogra, e muitas não desistem de exercer o poder sobre o filho e competem com as esposas.)
A origem dessas disputas pode estar naquela inadequada forma de comportamento de pais que, ansiosos, perguntam aos filhos: “De quem vocês gostam mais, do papai ou da mamãe?” Angustiante para a criança e desastroso para quem pergunta, isso gera crenças inconscientes que, na vida adulta, voltam a se manifestar, sobretudo numa sociedade competitiva como a de hoje, que transformou o qualitativo em quantitativo – isto é, não importa o quê, e sim quanto! Mas o amor, por definição, é qualitativo – ama-se ou não. O que se pode mensurar é quanto uma pessoa é capaz de externar esse sentimento.
Geralmente, cabe à mulher, mais sensível e expressiva, deixar claro seu sentimento por meio de gestos e ações que o homem não consegue corresponder à altura. Não se trata, porém, de falta de amor, mas de falta de capacidade dele para revelar o que passa em seu coração. Poucos conseguem dizer um “eu te amo”, quanto mais corresponder às expectativas das mulheres de ser reconhecidas, admiradas, elogiadas.
Fonte: Revista Claudia
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